Um trecho do livro "Criatividade espontânea", de Tenzin Wangyal Rinpoche:
Você já se ouviu dizendo coisas como, “Meu dia está tão ruim. O que há de errado comigo? Não posso acreditar que esqueci disso.” Essas vozes de ansiedade e autocrítica são tão familiares que começamos a acreditar na realidade que elas retratam. Elas literalmente nos ligam a uma certa versão da realidade naquele momento. Quando perceber que está falando consigo mesmo dessa maneira, pare. Respire fundo e, enquanto solta o ar lentamente, ouça o silêncio que está dentro de você e ao seu redor. Comece a ouvi-lo. Independentemente de quão barulhento seja o ambiente interno ou externo, o silêncio está sempre disponível. Ouça, sinta, descanse. A instrução não é se desconectar ou evitar a experiência, mas permanecer totalmente presente sem seguir seu diálogo interno. Deixe que essas vozes internas sejam como são, sem segui-las ou discutir com elas. Enquanto ouve o silêncio, você gradualmente sente alívio, uma sensação de frescor. Podem surgir alegria e bom humor espontaneamente. Vai perceber que há mais apoio disponível para você na abertura do ser do que na tagarelice incessante da voz em sua cabeça.